Pègaso - anno V - n. 4 - aprile 1933

4 5 4 M. Moretti I l p a t r i g n o , seduto, c h i a m a a sé la figliastra, le p a r l a come a u n a b a m b i n a d i cinque a n n i , q u a s i q u a s i se la fa sedere sulle g i n o c – c h i a , e la t r a t t a invece da c o m p l i c e : abbassa la voce. — Che d i r e s t i , o r a che n o n c'è l a t u a m a m m a , se la prendes– s i m o i n casa? T i p a r conveniente che u n a grande a r t i s t a d i t e a t r o v i v a i n u n t u g u r i o d i pescatori? — Debbo? O r a che n o n c'è la m a m m a , debbo essere d ' a c c o r d o c o n v o i ? V o g l i a m o p r o p r i o p r e n d e r c i Mascia? D o v e la si m e t t e a d o r m i r e ? — O h b e l l a , e n o n h a i la stanza d i E v a r d o ? R i d e v a , si c o n t o r c e v a la figliastra s o t t i l e , p a r e v a che avesse, come Mascia, d a n z a t o d a v a n t i a l re E r o d e , e la divertisse l ' i d e a che questa stanza passasse dall'erede d i B o t t e s i n i a l l a f i g l i a d i T e r s i c o r e ; ma n e l s e n t i m e n t o s m o d a t o si a v v e r t i v a come u n o spasimo u l t r a – m o d e r n o per i l ricordo del professor d i l i r o n che n o n l ' a v e v a n e p – p u r e sedotta. E r i d e v a facendo l ' o f f e r t a a n o m e del m u n i f i c e n t e p a – t r i g n o , cedendo la s c r i v a n i a e l a sedia d i E v a r d o a quell'estranea che quasi d i v e n t a v a la sua r i v a l e , ed era piacevole, cedendo i q u a d r i m u s i c a l i e le carte e i l i b r i e l ' a r c h e t t o , e p o i anche i l l e t t o d i E v a r d o d o v e l e i , v e r g i n e , s'era r a g g o m i t o l a t a amara e c o n v u l s a per n o n es– sere stata g o d u t a . A n i t a assisteva insensibile. Q u e l l a Mascia, q u a s i u n ' i g n o t a , p r e n d e v a possesso della stanza d i l u i e v i p o r t a v a d e n t r o le sue v a l i g i e d i c u o i o , le sue vesti leggere, le sue b o t t i g l i e d i p r o f u m o , i s u o i s c a r p i n i , i s u o i f e r r i : traeva anche le nacchere e m o s t r a v a come si a d a t t a n o alle d i t a per certa danza andalusa : posava i n f i n e , c o n o s t e n t a z i o n e , sul c o m o d i n o due l i b r i ancora i n t o n s i , ed erano le m e m o r i e ( i n francese) della D u n c a n e della K a r s a v i n a . E r a discreta, n o n toccava n u l l a d i ciò che a p p a r t e n e v a a l l ' a m i c a perché aveva a p p a r t e n u t o a l l ' a m i c o , e a T i z i a n o V e c e l l i o contrabbassista faceva u n a smorfia e a l j a z z angelico d i A g o s t i n o d i D u c c i o s o r r i d e v a co– me appagata. N o n si stava bene i n casa d ' u n pescivendolo? D i e c i a n n i fa i n questa casa c i sarebbe v e n u t a a s e r v i z i o . E n o n p o t e v a capacitarsi che fosse quasi u n v i l l i n o d i lusso : t a n t a p u l i z i a la esasperava : avrebbe massacrato le sedie d i v i m i n i , s v e n t r a t o i cuscini d i v e l l u t o , spezzato le s t a t u i n e del C a n o v a , A m o r e e Psiche, i n sala da p r a n z o : avrebbe scrostato u n a per u n a le p i a – strelle d i m a i o l i c a del g a b i n e t t o , o r g o g l i o d e l pescivendolo, perché anche i l pescivendolo deve essere s u d i c i o . P e n s ò d ' i m p r o v v i s o c o n gioia che l ' i m m a c o l a t a bianchezza fosse i l p r i m o s i n t o m o della r o – v i n a del pescivendolo : N o n d o era c o n d a n n a t o , era p u l i t o . D o p o

RkJQdWJsaXNoZXIy